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quarta-feira, 12 de março de 2014

(in)felicidade

Sou fã do programa Alta Definição. Sabem aquelas frases feitas que até acabam por ser verdade mas só damos conta disso quando passamos por uma situação em que se aplicam? Pois bem, houve poucas entrevistas que me marcaram por isso mesmo, imagino eu, porque só me identifiquei com duas respostas dos entrevistados - uma da Maria João Luís e outra do César Mourão. À dele hei-de fazer referência um dia destes. Por agora, gostava de vos falar da dela.
Já não sei reproduzir exactamente as palavras da Maria João mas penso que foi quando o Daniel lhe perguntou se ela era feliz que ela respondeu algo como "Não sei, se calhar não sou. Há dias em que me levanto de manhã e choro. Choro... porque sim, porque sou assim, porque o mundo é assim...".


Marcou-me porque há muitos dias em que chego à noite... e também choro. Choro porque sim, porque o dia me correu mal ou porque estou preocupada com uma série de coisas ou simplesmente para "descarregar" energias ou porque "o mundo é assim", é feio. As pessoas são más. Dizem "bom dia" com ar chateado e sem olharem sequer para nós. Tentam passar por cima dos outros só para chegar a algum lado. 
Seremos infelizes por ser assim? Chorar implica infelicidade? Não deveriam ser os outros, os arrogantes, carrancudos e demasiado competitivos, os infelizes?
Enfim, no fundo acho que vos quero dizer que se me perguntassem se sou feliz, não saberia responder. (Isso faz de mim uma infeliz?). Penso que a felicidade vai e vem. Em momentos. Como é que é suposto dizermos se somos felizes? Fazendo um balanço, se há mais momentos bons ou maus? Se uns são mais fortes que os outros? Claro que há momentos muito bons mas...isso compensa? É que quanto a vocês não sei, mas eu cá já tive momentos muito maus.

Em suma, vai e vem. Em momentos.

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