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sábado, 26 de abril de 2014

Meu amor

Meu amor,

Primeiro deixa-me dizer-te como quero que esta carta seja: sincera, de mim para ti, sem rodeios nem palavras caras. Porque é assim que o amor deve ser.
Num só ano vivi mais do que em toda a minha vida. Fazes-me feliz, preocupas-te e dás-me tudo aquilo que nunca ninguém me deu.
Como sabes, para mim nunca passaste de um gajo giro com um rabo bom. Até te começares a abrir. Apesar de tudo o que me disseram durante meses sempre acreditei em ti. Havia qualquer coisa que me fazia acreditar que alguém tão bonito como tu também podia ter um bom coração e tratar as mulheres com respeito.
É por isso que acho que és tudo. Inteligente, amigo, divertido, (incrivelmente) bom na cama, confiante… Ensinas-me, compreendes-me, tens paciência para mim, és bom com os outros, tens um coração maior que o teu rabo! És especial e o mais incrível é o facto de seres meu.
Não foi fácil ultrapassar certas barreiras, sei disso. Demorou mas a vida não é uma corrida. Ou pelo menos o amor não é. Quando disseste “quero namorar contigo” foi como se todos os teus medos tivessem sido postos de parte. Estou bem consciente de que isso não aconteceu. Tens medos, tal como eu. Todas as discussões que temos levantam as minhas angústias - e por essas só te posso pedir desculpa. Mas tu consegues acalmar-me com um simples abraço e acredito que isso só se consegue se estivermos perante a nossa outra metade.
Não gosto de pensar que já estiveste com outras pessoas. É horrível imaginar alguém a ter aquilo que é tão sagrado para mim. A nossa intimidade e a confiança que temos um no outro são coisas que eu nem sabia que existiam. Nunca imaginei que fosse possível sentir-me tão bem, ter tantas saudades, precisar tanto e amar tanto alguém.

Há tantas outras coisas que te quero dizer, meu amor, mas o mais importante é que se as almas gémeas existem, então tu és a minha. Morria por ti e nem no dia em que suspirar pela última vez vou deixar de te amar. 


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