Quem me conhece sabe que não gosto da Miley Cyrus. Tendo um irmão mais novo e primos e primas, habituei-me a passar pela sala enquanto eles lá estavam e viam Hannah Montana, sem que nada de mal visse nisso.
Não acho que a mulher, no mundo do espectáculo e da música, tenha de ter um papel menor. Mas acho que os shows que ela monta e as "barracas" que dá são demasiado - e, sinceramente, nem ela deve gostar daquilo em que se tornou. Mas vende. Enfim, é a sociedade que temos.
E sim, tenho noção de que falar dela aqui só vai contribuir para que se torne um bocadinho mais famosa - porque no fundo é nisto que ela aposta: publicidade, boa ou má, é publicidade.
A razão por que vos falo dela é o cover que se segue. De uma música tão superficial, tão "festa" e "sexo", tão "sem jeito nenhum", os Bastille fizeram isto:
Pela primeira vez consegui ouvir a música até ao fim. E gostei.
Um dos comentários deste vídeo expressa exactamente aquilo que pensei quando ouvi o cover (é bom saber que não sou a única). E porque das minhas opiniões já vocês estão fartos, passo então a citar alguém que se apresenta no mundo do YouTube como 90geekgirl90:
"He [Dan, o vocalista] makes the whole party scene sound so sad and desolate. I love it, it really gives the song a new meaning... The words "we can't stop" are no longer a rebellious cry against authority, they are a cry for help-- they literally can't stop because they need to escape from their depressing lives."
E quando isto acontece, senhoras e senhores, estamos perante um enorme talento.